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sábado, 2 de abril de 2011

Vivendo e dizendo a palavra amor*



O que sabemos e sentimos é muito menor do que o que amamos. Dizer “eu amo” é identificar-se com essa energia unificadora que descobre, valoriza e vivifica. É verdade que o “eu” é muito pequeno para apropriar-se do amor que lhe constitui, invade e ultrapassa. O amor nos faz crescer como pessoas  e quando somos capazes de dizer de verdade “eu amo”, estamos dando o melhor fruto de nossa vida. O amor constitui o “eu” saudável e seu crescimento lhe permitirá estabelecer vínculos nos quais se autotranscenda e até se esqueça do próprio eu. O amor vai além da nossa lógica, tem sua própria coerência interna que, às vezes, não coincide com o discurso cognitivo. Uma palavra nascida do amor dirigida a uma pessoa, uma tarefa, uma parcela da realidade, diz expressivamente quem somos: diz-me o que ou a quem amas e te direi quem és ou quem queres ser.
Mas o amor tem que ser inteligente. A inteligência emocional, como divulga o recente livro de Daniel Goleman, é um fator importante na nossa estatura e maturidade humana. O amor que se diz tem que ser lúcido, sábio, realista, harmonizado com o sentido comum e sadiamente  criativo. O conhecimento situado nesta perspectiva e ocasionado por palavras que nascem dessa fonte é amoroso e às vezes iluminador. O amor na profundidade em que nos encontramos, não apenas nos cega, mas também é a única maneira de conhecer a verdade, de conhecer ao outro.
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* Trecho da Introdução do livro Treinta palabras para la madurez, de José Antonio García-Monge. Ed. Desclée De Brouwer

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