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sábado, 28 de janeiro de 2012

Mensagem a um amigo que transpôs o limite do visível

Texto lido em homenagem ao Padre Jesus, pelo amigo José Guilherme Faifer

Khalil Gibran em seu livro “O Profeta” fala-nos do Doar:
Doais pouco quando doais vossas posses. Só quando doais a vós mesmos é que doais verdadeiramente.
Há aqueles que dão pouco do muito que possuem; e eles doam em busca de reconhecimento e é o seu desejo secreto que torna suas dádivas corruptas.
Há aqueles que têm pouco e doam tudo. Estes são os que acreditam na vida e na generosidade da vida e seus cofres nunca estão vazios.
Há aqueles que doam com alegria e esta alegria é a sua recompensa. Há aqueles que doam com dor e esta dor é o seu batismo.
E há aqueles que doam e não sentem dor ao doar, nem buscam alegria, nem dão pensando em virtude; eles doam como no longínquo vale o mirto exala sua fragrância no espaço.
É através destas mãos que Deus fala e é por detrás de seus olhos que Deus sorri sobre a terra.
Assim se resumiu a sua vida padre Jesus: um grande ato de doação e doação amorosa, que não mediu esforços, que não economizou empenho, que não se cansou de sempre buscar o novo para poder transmitir ensinamentos que nos levassem ao crescimento na fé. O senhor foi e sempre será uma demonstração da grande delicadeza do amor de Deus por cada um de nós. Através do senhor Deus agiu, falou, sorriu, consolou, perdoou, aproximou-se e caminhou conosco.
Certa vez numa comemoração de um de seus aniversários natalícios, nós o agradecemos pela sua ciência, pela sua essência, pela sua coerência e pela sua transparência e lhe dissemos que pela sua transparência era-nos permitido ver o Cristo que o habitava. Nas diversas fases de sua vida o senhor permitiu-nos contemplar o Cristo glorioso, o Cristo sofredor e o Cristo  crucificado. Tivemos a graça de sermos Cirineus, sofremos todos juntos, mas em tudo ficou-nos uma grande lição de humildade, de confiança e abandono nas mãos de Deus e de total imitação de Maria no seu “Fiat”.
Hoje  queremos agradecer-lhe pela sua presença invisível. O amor que o uniu a todos nós não permite a separação. Quando amamos alguém verdadeiramente, esse alguém não morre nem em si nem em nós; e como ele também nos ama, nós vivemos nele e ele em nós. O amor permanece e quando amamos não devemos dizer “Deus está no meu coração”, mas sim “Estou no coração de Deus” e este não se afasta de nós.
Quantas pessoas passaram por nossa vida e se foram! Porém deixaram uma pegada profunda em nosso ser e depois de sua morte, nossa vida já não será como antes, quer dizer: passaram por nossa vida e comoveram-nos de tal maneira que as colocamos, não no ponto de referência que é nosso corpo, mas naquele lugar em que somos imortais, no Amor. Exatamente aí cada um de nós o colocou e é por isso que não estamos prestando uma homenagem ao padre Jesus que morreu, mas a um amigo que simplesmente transpôs o limite do visível.
Nos seus escritos, o beato Padre Chaminade fala da forma peculiaríssima com que a Santíssima Virgem sabe cumprir seus deveres maternais para com seus filhos privilegiados. Felizes aqueles que não contentes de pertencerem a Maria como os demais homens, consagram-se a Ela de corpo e alma e se constituem mais particularmente em seus servidores! Como seu coração se estremece de alegria e de amor ao vê-los! Que ternura tem para com eles! Como lhes derrama com maior profusão os tesouros da graça e da fé! Convida-os mais à miúde ao sagrado banquete do Cordeiro, inspira a Igreja para que derrame sobre suas almas, pelas menores práticas de piedade, as riquezas preciosas das indulgências, vela sobre eles com uma solicitude especial e obedece a sua vontade como Deus à voz do justo. Qualquer coisa que lhe peçam para si ou para os demais, tudo o concede.
Então neste momento, caro amigo, queremos lhe pedir:
Padre Jesus, rogai por nós!
25/01/12

Um comentário:

carmen disse...

sem comentários..... porque ele disse tudo!

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