Sempre há um lugar para se encontrar e ser

No último Sabadão, 28 de julho, tivemos entre nós a presença do professor Razuk, para falar sobre a Cabala. Uma pessoa profunda, estudiosa e com um domínio da palavra incomum. Já sabíamos isso ao ler seus textos no jornal local, mas ouví-lo teve igual teor.

O tema obviamente era incomum e, diferenças de visão e crenças a parte, atrevo-me a falar do lugar comum, onde foi possível haver encontro entre nós.

Rever a linha histórica da vida, da origem da Terra, da presença humana no planeta, traz sempre uma sensação de pequenez diante da imensidão dos seus bilhões de anos e, ao mesmo tempo, um princípio de consciência a respeito do valor que devemos ter para participarmos desse Universo... multiverso... infinito!

Outras colocações foram riquíssimas e muito bem-vindas. Pensar no espaço que se deve dar para o outro SER e fazer também ele o seu papel, ocupando o seu devido lugar na vida e na história é algo que merece bastante reflexão. Ainda estamos assimilando, pensando...

No entanto, é sobre a sensação de tranquilidade que gostaria de falar. Parar para ouvir a explanação sobre idéias distintas da nossa, ter a abertura de tentar compreender o modo como o outro vê, percebe, sente e avalia é uma experiência incrível, especialmente se discordamos em alguns aspectos e se podemos fazê-lo num clima de paz e consideração.  

Acolher, apreender o que pode nos enriquecer e saber respeitar a diferença exige, no mínimo, um respeito a nós mesmos, que nos permite a serenidade de permanecermos naquilo que  escolhemos e, ao outro, o direito de ser quem ele é... valioso momento!

Vivemos isso tantas vezes junto do nosso amigo Pe. Jesus... saudade e gratidão por tantas coisas recebidas e comungadas. Sabemos de onde veio tudo isso, essa coisa boa de conversar com o simples intuito de partilhar, mas onde isso pode levar, quem saberá...

Conhecimento compartilhado? Convivência fraterna? São tesouros que multiplicam possibilidades humanas e ecoam eternidade...

Agradecemos ao querido professor e a cada pessoa do grupo que se dispôs a viver unidade indistintamente.

Imaginei o sorriso do Padre Jesus, de lá da Via Láctea (na verdade bem pertinho, risos) feliz com a rica partilha. Na verdade, amigo fica junto, sem tempo e espaço que possa nos separar!

Impossível deixar de agradecer a ele também!

Grupo Sabadão