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segunda-feira, 13 de junho de 2011

O cristão e o sofrimento - IV

(Texto baseado na síntese feita pelo Pe. Jesus Bringas Trueba, do segundo capítulo do livro Es bueno creer - para una teología de la esperanza, de José Antonio Pagola)

5. A cruz é uma exigência para o seguimento de Cristo?

Atualmente, qualquer coisa que nos faça sofrer, inclusive sofrimentos que aparecem por causa de nossos pecados ou pela nossa forma errada de viver, é chamado de “cruz”.
Mas a cruz está vinculada ao fato de sermos cristãos. Ou seja, “cruz” é o sofrimento que nos acontece pelo fato de estarmos unidos e vinculados a Jesus. Veja Mc “Se alguém quer vir após a Mim, renuncie a si mesmo tome sua cruz e siga-me”.
Levar a cruz de Cristo é sofrer em comunhão com Ele. É assumir com o mesmo espírito que Ele tinha, os sofrimentos que se seguem por aderir à sua Pessoa e à sua causa.
Negar-se a si próprio não significa se mortificar, castigar a si mesmo ou destruir-se, anular-se. Negar-se a si mesmo é esquecer dos próprios interesses para viver como Jesus viveu, para aderir radicalmente a Ele. O sofrimento, então, só tem um lugar importante na vida de quem segue Jesus, quando vai libertando do próprio egoísmo, do comodismo ou da covardia para seguir fielmente a Cristo.
Por isso, seguir o Ressuscitado não consiste em procurar “cruzes”, mas, em aceitar a “crucificação” que pode vir por sermos fiéis ao Cristo e à sua causa.
Levar a cruz não significa introduzir sofrimentos e renúncias na nossa vida. Não se trata de aceitar com paciência os sofrimentos, males e desgraças da vida (algo que, quando e/ou se acontecer, o cristão deve viver na confiança total ao Pai). Levar a cruz é, sobretudo, assumir esse sacrifício próprio do discípulo que segue a Jesus, sabendo que não pode estar acima do Mestre (Mt 10,24). É segui-lo com uma disponibilidade sem limites para tomar parte de sua insegurança, no risco, na difamação... e isso não é algo escolhido por nós.
Temos que recuperar o sentido genuíno da cruz cristã, que leva ao seguimento de Jesus: preferir sofrer injustamente a colaborar com alguma injustiça. Isso significa solidarizar-se de maneira concreta com os últimos da sociedade mesmo sofrendo a critica e ataques daqueles a quem não interessa escutar a verdade do Reino de Deus. Aceitar as consequências de uma atuação livre em defesa dos direitos das pessoas. Sofrer a insegurança e os riscos de um comportamento honesto e em sintonia com o Evangelho.
(continua)

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