No Credo, tropeço muitas vezes nas palavras: "Creio na ressurreição dos mortos e na vida eterna". Isso parece estar tão distante! Contudo, tempos atrás, quando um amigo morreu num acidente de trânsito, estas palavras se tornaram, de repente, um consolo para mim. Ai percebi que a morte não é a última palavra. A morte não é capaz de separar-nos do essencial.
Na morte não vamos abandonar teu amor, bom Deus. E a morte tampouco destruirá o amor que une a nós, seres humanos. Para mim, a ressurreição dos mortos significa que o amor é mais forte que a morte. Já não posso falar com meu amigo, nem abraçá-lo ou senti-lo. Mas já que agora ele está com Deus, está também comigo. E na oração e nas celebrações posso também sentir a comunhão com ele. Às vezes, ele me fala em sonhos. Então, sei que continua acompanhando-me, que está do meu lado e me apóia.
Há dias conversei com uma amiga. Depois de perder o namorado por causa de uma doença, ela não tinha se envolvido com mais ninguém. Aí percebi como é bom acreditar na ressurreição dos mortos. O amor que sinto por meu amigo não se perde. É apenas transformado. E posso continuar vivendo em sua força. Pois meu amigo passou para perto de ti, do amor eterno e divino que nos une e que nem a morte é capaz de anular.
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