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quarta-feira, 10 de agosto de 2011

18. Filho, filha

Ser FILHO(A), evolutivamente falando, significa passar por diferentes etapas: bebê. Criança, adolescente, jovem, adulto. Ser filho é saber dizer – ante o modelo estruturante dos pais e de sua presença acolhedora ou invasora, indiferente ou próxima – adeus às etapas evolutivas que me fazem ser o mesmo filho, a mesma filha, mas de maneira distinta e com um estilo diverso de relacionar-me com minhas fontes da vida.


...e o Espírito Santo desceu sobre ele em forma corpórea, como pomba. E do céu veio uma voz: “Tu és o meu Filho amado! Em ti encontro o meu agrado” (Lx 3, 22).


E vocês não receberam um Espírito de escravos para recair no medo, mas receberam um Espírito de filhos adotivos, por meio do qual clamamos: Abba! Pai! O próprio Espírito assegura ao nosso espírito que somos filhos de Deus (Rom 8, 15-16).


Quando, porém, chegou a plenitude do tempo, Deus enviou o seu Filho. Ele nasceu de uma mulher, submetido à Lei para resgatar aqueles que estavam submetidos à Lei, a fim de que fôssemos adotados como filhos (Gal 4, 4-5).



Amados, desde agora já somos filhos de Deus (1Jo 3, 2).



Exercícios oracionais

1. Coloque-se ante o Senhor como uma criança. Constate as sua necessidade de um pai e uma mãe, de ter raízes, de pertencer ou haver pertencido a alguém. Observe se a sua memoria filial lhe diz que você foi amado incondicionalmente, que você desfrutou de uma segurança básica, que você tem um autoconceito feito de bondade, que existe em você a marca de reforços positivos. Se é assim, e se o seu coração inspirar a você, dê graças. Se você experimenta, dolorosamente, carências importantes, coloque-as também na presença de Deus; deixe sair tranquilamente, suas queixas e ressentimentos contra seus pais. Perceba que por trás de cada ressentimento existe um pedido sua, uma necessidade não respondida. Depois de se expressar, peça ao Senhor graça para compreender as limitações, dificuldades, enfermidades e egoísmos de seus pais. Se o Senhor lhe dá Sua graça, perdoe-os e diga-lhes, por dentro, adeus. Constate que você é um adulto e aprenda, da misteriosa paternidade de Deus, o amor para relacionar-se a partir daquilo que você não pode desfrutar. Sua infância é importante, muito importante, mas a vida segue e agora você é você. Abra-se ante o Senhor, para acolher a Vida e viva-a no hoje de sua existência.



2. Perceba a criança, satisfeita ou insatisfeita, que você leva dentro, que pulsa em seu interior. Escute suas aspirações, suas frustrações. Em seu momento adulto, decida se vai repetir reações infantis a estímulos adultos ou se, com a ajuda de Deus, você vai estrear uma vida relacionalmente madura. Que sua experiência de filho o(a) ajude a compreender as necessidades de outros “filhos” e a ser fecundo em sua vida.

3. Contemple a relação de Jesus com seu Pai. O Senhor bebe, da invisível presença do Abba (Paizinho), atitudes condutas, confiança, força, missão. Como você vive, no íntimo de seu ser que crê, o Deus que lhe concede a existência? Deixe-se nutrir por Ele em seu eu mais profundo. Sua oração é consciência de sua relação filial. Alegre-se de ser filho(a), procure perceber essa condição, creia nela e se Deus lhe conceder isso, sinta-a. Que a sua vida fraterna seja uma prolongação dessa experiência de comunhão.

Estruturas de oração que podem ajudar a amadurecer como pessoa e como cristão

Texto traduzido, do livro

Unificación personal y experiencia cristiana - Vivir y orar con la sabiduría del corazón,

de José Antonio García-Monge, SJ

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