A felicidade se vive na esperança
A felicidade que conhecemos nunca é plena. Somos atraídos pela felicidade plena e infinita, por isso tantas vezes nos enganamos.
A felicidade pede eternidade.
As bem-aventuranças nos falam de uma felicidade possível a partir de já, aqui e agora, desde que Deus seja Rei e Senhor de sua vida.
As outras bem-aventuranças prometem a felicidade para um futuro próximo, uma felicidade que vai fazendo-se presente, mas que alcançará sua plenitude no futuro, um futuro próximo, em que aparecerão seus efeitos rapidamente.
São pessoas que têm a Deus nas suas vidas, mas, sofrem, choram, têm fome de justiça: a estes há a promessa de uma felicidade que os irá liberar de seus sofrimentos e irão receber a consolação de Deus: serão saciados.
Deus lhes promete libertação: vão a herdar a Terra, terão misericordiosamente a ajuda que precisarem; Deus se manifestará a eles e viverão como Seus filhos.
Os bem-aventurados têm a felicidade num horizonte de esperança. Estamos salvos pela esperança (Rm 8,24).
A salvação nos acontece em esperança e é esta esperança, que carrega dentro de si a força salvadora, que dá felicidade.
Temos que aprender a ser felizes já, antes da morte.
Os cristãos se predispõem mais a buscar a Deus nos aspectos negativos e dolorosos da vida, numa tendência de excluí-lo da alegria e felicidade. Mas, Deus se alegra com cada uma das nossas alegrias e satisfações. Fica extremamente feliz vendo nossa felicidade. Deus está sempre conosco: na felicidade, para zelar por ela e lhe dar plenitude; e na infelicidade e sofrimento, para ajudar a eliminá-los ou superá-los de maneira digna.
A pequena felicidade desta vida é uma antecipação e um símbolo real, dentro da nossa fragilidade, da salvação definitiva.
Os momentos de felicidade verdadeira, limpa, alegre, de amor transparente, nos permitem intuir, no fundo do nosso ser, o destino a que estamos sendo chamados e ao qual somos conduzidos por Deus.
Cada um sabe dessas experiências que fazem parte do segredo da pessoa:
· apreciar a presença silenciosa e gozosa do Deus vivo, no fundo de coração;
· a amizade partilhada e desfrutada;
· a harmonia e paz da consciência;
· uma festa com amigos e familiares;
· a solidariedade na luta;
· o trabalho bem feito;
· o desfrutar da beleza.
Tudo isso é a felicidade misturada com a ambiguidade, egoísmo e o pecado.
Somente em Deus, a felicidade se cumprira de maneira plena.
Tudo o que de bom e belo desfrutamos agora, todo o justo pelo que lutamos e sofremos, tudo alcançará em Deus a sua plenitude. Um dia seremos finalmente plenamente felizes, porque Deus será tudo em todos (1 Cor 15,28)
Nenhum comentário:
Postar um comentário